terça-feira, 18 de outubro de 2011

Guitar World entrevista Amy, Terry e Troy


Em 2007, após uma montanha-russa de cinco anos,com dois multi-platina álbuns de estúdio, um álbum ao vivo uma série de turnês e mudanças na formação da banda, Amy Lee resolveu dar uma pausa na sua banda. Lee passou por quase três anos com seu marido, Josh Hartzler, arrumando sua casa em Nova York e experimentando a vida.

"Foi bom porque eu não fazia nenhum tipo de plano" disse Lee a Guitar World, enquanto ela estava em São Francisco prepando-se para a primeira turnê nos EUA. "Eu não pensei sobre qual o próximo passo para o Evanescence ou sobre mim, eu pensei que só iria saber se ficasse inspirada."

Em 2009, Lee começou a escrever e ficando obcecada pela música novamente. "Eu começei a sentir falta da banda mais e mais" disse ela. "Eu sentia falta dos caras e queria trabalhar junto novamente."


O resultado é o novo álbum da banda, auto-intitulado Evanescence, lançado nos EUA em 11/10. O álbum, produzido por Steve Lillywhite e Nick Raskulinecz, não teria soado bem se não fosse o perfeccionismo da Amy Lee e os componentes da atuais, que inclui o guitarrista Terry Balsamo, o guitarrista-base Troy McLawhorn, o baixista Tim McCord e o baterista Will Hunt.

A Guitar World conversou com Amy Lee, Terry Balsamo e Troy McLawhorn para discutir a pausa, o novo álbum e as guitarras.

Guitar World: Quem foram os heróis da música que fizeram vocês querer tocar guitarra?
Terry: A primeira coisa musicalmente que entrou em minha vida foi Elton John, mas na guitarra foi Ace Frehley e Angus Young.
Troy: Eu não sei exatamente. Começei querendo ser um baterista. Eu era um grande fã do Peter Criss quando era criança, maso meu pai e o meu avô tocavam violão. Acho que fiquei mais sério com a guitarra quando eu tinha 10 anos. Nós nos mudamos para um bairro novo e tinha um garoto na minha rua que se tornou meu melhor amigo ele era um bom bateirista. Ele tinha oito anos e já tocava bateria. Era um esforço, eu começei a pegar a guitarra do meu pai e tentei aprender "Crazy Train", uma música do AC/DC. Entrei na Columbia Club e consegui o primeiro álbum disco do Eddie Van Halen. Eddie foi incrivel, foi um nível totalmente novo. Ele ainda é um dos meus guitarristas favoritos. O meu top três de guitarristas são Eddie Van Halen, Billy Gibbons e Rick Nielsen.

GW: Quando você começou a tocar guitarra com mais regularidade, começarm a pensar em se tornarem profissionais?
Terry: Sempre me pareceu que algo ia sair assim. Eu sentia que se continuasse, depois seria pago. Depois que eu terminei o colégio, eu perguntei (a mim mesmo) se queria continuar fazendo isso e depois Pantera veio e me fez dizer "Sim, com certeza."
Troy: Quando garoto, você não tem escolha. Você pede ao seus pais e, se você tiver sorte, eles vão comprar algo. Havia uma loja de música pequena na rua e eu vi a guitarra Lotus Explorer. Era enorme e eu ainda tenho ela.

GW: Qual a sua guitarra preferida?
Terry: Por muitos anos eu usei a Ibanez e ainda uso, mas nesta última gravação o produtor ficou me pedindo para usar uma Gibson. A Gibson sempre foi a que usei durante a gravação para obter tons diferentes, mas eu começei a tocá-la ao vivo recentemente. Eu também adoro guitarras Charvel. Cada guitarra que usamos na música nós tocamos ao vivo.
Troy: Se eu escolhesse uma, logo de cara, seria a Les Paul ou uma SG. Nos últimos dez anos estou usando PRS e Les Paul, exclusivamente.Também tenho uma Fender Telecaster que eu amo, mas não se encaixa na música que eu toco e eu não quero mudar as pickups e me livrar desse som twangy. Em turnê eu estou usando um PRS Baritone e uma guitarra de sete cordas Gibson Flying V.

GW: Nos conte sua experiência com o novo álbum.
Amy Lee: Passamos muito tempos juntos escrevendo músicas e nós temos toneladas delas. Temos mais que o suficiente para o álbum e tem um monte deixado para uma próxima vez. Nós tivemos um monte de sessões eu, Terry e Tim. Fizemos muitas composições a banda inteira. Sentávamos em circulos com nossos instrumentos e fazíamos sessões de improviso até aparecer uma idéia legal. Às vezes eu ia com a minha idéia e depois todos colaboravam, mas é incrivel ter ótimos músicos na banda. Às vezes eu tenho uma idéia mas não aquela pressão necessária para fazer a coisa toda. Há outras quatro pessoas chegando com suas idéias também.
Terry: Nós escrevemos muitas músicas desta vez. Há duas ou três canções que escrevemos juntos que fluíram bem. Nós estávamos pensando a mesma coisa, mas nós tivemos que ter certeza que trabalhávamos juntos, sem tocar exatamente as mesmas partes. Então há o mesmo riff, mas duas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Durante o processo de gravação, alimentamos uns aos outros e tentamos fazer as coisas muito próximos.

GW: Depois dessa loga pausa, você sentiu pressão quando quando começou a trabalhar o novo álbum?
Amy: Sempre há essa pressão. Eu sou um espírito obsessivo. Eu quero fazer algo ótimo. Já fizemos dois álbuns incríveis e eu nunca quero lançar nada que eu não ache melhor do que nós fizemos. O desafio foi encontrar a visão do que queríamos fazer, porque eu senti uma grande sensação de liberdade criativa. Depois de fazer aqueles dois álbuns, eu senti como "Ok, eu posso fazer o que eu quiser, e se será um novo álbum do Evanescence, terá que ser um adeus louco?” Depois de alguns anos de composição e experimentação, nós sentimos que descobrimos o álbum.

GW: Houve uma dúvida sobre vocês tocarem juntos novamente?
Terry: Eu sabia que faráamos novamente, era apenas uma questão de saber quando.
Troy: Depois que terminamos a turnê em 2007, todos nós saímos e fizemos outras coisas. Eu não sabia o que iria acontecer. Eu tinha uma outra banda e assumi que terminei com Evanescence, mas quando as coisas começaram a ir mal com a outra banda, liguei para Amy e ela disse que estava pronta para fazer outro álbum e amaria que eu fizesse parte disso.

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