Sem firulas, efeitos no telão ou pirotecnia: assim transcorreu o show do Evanescence no Palco Mundo desde o primeiro acorde de “What You Want”, principal single do novo disco da banda, que será lançado somente na semana que vem.
A recepção da Cidade do Rock foi morna diante dos versos ainda pouco conhecidos, mas mudou rapidamente ao primeiro sinal da guitarra pesada de “Going Under”, single popular do primeiro disco. Com punhos cerrados no ar, a multidão que se espremia entre as grades vibrou e acompanhou os versos da vocalista Amy Lee.
A dupla de músicas fez um prognóstico rápido do que viria adiante: resposta imediata do público aos hits e pouco barulho diante das demais músicas do repertório.
O show do Evanescence não é dos mais dinâmicos: os músicos se movimentam pouco no palco e Amy Lee permite intervalos muito longos entre as músicas para recobrar o fôlego, o que não contribui muito para animar quem não tem os refrões na ponta da língua.
Depois do trio “The Other Side”, “Weight Of The World” e “Made Of Stone”, espenrançosa, a vocalista anuncia: “essa eu tenho certeza que vocês conhecem”, sentando-se sozinha ao piano para tocar “My Immortal”, outro single forte do primeiro e badalado disco da banda. O público acompanha os versos serenos sem exaltação, mas vibra ao impacto da primeira distorção.
“Call Me When You’re Sober”, dona de um refrão grudento, é outro destaque da noite, ao lado de “Bring Me To Life”, que empolga apesar da expressão de interrogação no rosto de metade da Cidade do Rock, que espera o vocal de Paul McCoy, da banda 12 Stones, que só aparece mesmo com a banda no vídeo da música. Um brinde à geração-videoclipe!
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