terça-feira, 25 de outubro de 2011

Entrevista para o The Sun


Já faz cinco anos desde a última vez que ouvimos falar dos goth-rockers do Evanescence.
Mas, provando que eles estão longe de serem esquecidos, o seu álbum de retorno está no novo chart em número 4. O álbum auto-intitulado é o seu melhor já lançado, com abundância de riffs monstruosos e vocais exorbitantes e suaves.

Aqui a cantora Amy Lee conta a Jacqui Swift sobre o porquê que é um novo começo para a banda, por que ela está menos angustiada e sobre alguns dos temas contundentes que influenciaram as novas músicas.

Cinco anos é muito tempo para se afastar. Voltar é intimidador?
Eu precisava deixar o Evanescence por um tempo e encontrar eu mesma de novo. Eu tinha que estar feliz comigo mesma, mesmo se eu nunca mais fizesse outro álbum de novo. Algo que descobri é que Evanescence é uma grande parte do verdadeiro eu. Após alguns anos, nós tínhamos algumas músicas ótimas e eu comecei a falar sobre vir com um novo álbum – Eu estava muito surpresa e comovida ao ver quantas pessoas ainda se importavam, temos fãs para o longo da vida. Nós somos tão sortudos.

Como foi o processo de composição?
Tim (McCord, o baixista) se mudou para Nova York e nós escrevemos algumas músicas muito legais juntos. Eu fiz algumas composições experimentais com um amigo programador, então eu acabei escrevendo muito com Tim e Terry (Balsamo, o guitarrista). Nos últimos dois meses de composição, nós trabalhamos e escrevemos músicas como uma banda. Aquilo era novo, desafiador e incrível, um momento decisivo para o álbum.

O seu álbum de estréia, Fallen, vendeu 15 milhões de cópias. Era difícil lidar com a fama?
Eu tinha 21 anos quando lançamos o Fallen e estorou rápido. Eu não posso criticar, estou agradecida que muitas pessoas escutam a nossa música – é loucura. Mas eu tive momentos em que senti que não puderia fugir – e eu amo ficar sozinha às vezes. Levou um bom tempo até eu  me sentir confortável com a fama, mas eu amo nossos fãs e a música que fazemos – vale a pena totalmente.

Esse álbum é menos triste. Por quê?
Eu não sou mais adolescente! Tinha muita angustia que eu precisava que saisse de mim. Agora estou mais saudável emocionalmente. O novo álbum tem muita dor e libertação, mas foi processado de uma forma diferente.

Como você mudou ao longo de seus álbuns?
A música é muito parecida com um diário. Eu vi e senti muito na última década e eu definitivamente cresci. Não posso evitar mas sorrir um pouco em algumas das músicas mais velhas – eu estava escrevendo sobre coisas muito sérias naquela idade. Era tudo verdadeiro, mas seus sentimentos como adolescente são ampliados.

Como você descreveria o novo som?
Tem muita confiança. Somos músicos e compositores mais fortes do que costumávamos ser. Você está ouvindo quatro pessoas curtindo tocar o nosso som e quebrando algumas regras. Foi divertido de fazer. Todos nós escrevemos juntos – passou a ter uma sensação realmente única e urgente.

Por que você gravou em Nashville?
Eu fui a Nashville para conhecer Nick quando estávamos procurando produtores. Ele vive lá e frequentemente grava no Blackbird Studios, onde nós nos conhecemos. Eu não só senti uma conexão imediata com Nick, eu me apaixonei pelo estúdio. É um lugar com uma classe mundial incrível e ao mesmo tempo você sente-se em uma casa onde ninguém pode te encontrar. Uma casa muito bonita com a maior coleção de microfone no mundo e todo o equipamento incrível que você nunca poderia esperar.

Você já teve diferentes pessoas dentro e fora da banda, mas você vê essa formação como a  mais estável?
Essa é a formação mais forte que que a banda já teve. Nós amamos uns aos outros e estamos aqui porque acreditamos nessa música. Trabalhando nesse álbum juntos nos fez fortes como uma banda e como amigos.

Você cresceu na banda. O quão difícil isso foi?
Evanescence tem sido uma grande aventura. Me levou ao redor do mundo, me guiou a conhecer pessoas que eu não conhecia, me fez experimentar comida que nunca ouvi falar e deixa me expressar tão inteiramente quanto eu sou capaz. É muito trabalho e às vezes estresse, mas no final do dia eu não posso chamá-lo de difícil, é um presente.

Nos conte sobre “Never Go Back”.
Nós escrevemos Never Go Back quando o desastre atingiu o Japão esse ano. Ver essas imagens de pessoas que perderam tudo é de partir o coração. A música é sobre essa perda.

Você escreveu na harpa. Como foi isso?
A harpa é muito divertida para mim. É difícil mas é um desafio muito gratificante. Me faz escrever músicas um pouco diferentes do que no piano, porque é um instrumento diferente. Eu escrevi a parte do piano de “My Heart is Broken” na harpa. Essa música foi inspirada pelas vítimas de tráfico sexual. Meu marido e eu estamos envolvidos com uma organização em Nova York chamada Restore que ajuda as mulheres a se libertarem e começarem a reconstruir as suas vidas.

Onde o Evanescence se encaixa hoje em dia?
Eu acho que nos encaixamos no jeito em que sempre estivemos – o de NÃO se encaixar. A nossa música não se encaixa na caixa e acho que é essa parte que as pessoas gostam disso.

Como estão indo os seus shows?
Ótimos. Estamos tocando muitas músicas do novo álbum mas algumas dos anteriores. Mal podemos esperar para voltar para o Reino Unido – tivemos muitas noites ótimas tocando lá, muitas lembranças boas. Estou especialmente atiçada por conseguir tocar em Glasgow desta vez. Já faz muito tempo!





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