Confiram:
Depois de cinco anos recolhida em sua casa, pintando telas figurativas, a diva do goth-rock Amy Lee retorna no dia 2 aos palcos no Rock in Rio com um novo disco de sua multiplatinada banda, Evanescence, o primeiro desde The Open Door, de 2006. Com novos companheiros do palco (o guitarrista Terry Balsamo, o baixista Tim McCord e o baterista Will Hunt), e turbinada por um single que os fãs já parecem ter aprovado (What You Want), o grupo que já vendeu mais de 20 milhões de cópias tenta retomar o fio da meada.
Evanescence (EMI Music), a coleção de 12 canções novas do Evanescence, chega às lojas no dia 10 e traz realmente aquela combinação de hard rock com letras melodramáticas que milhares de fãs pelo mundo aprenderam a cantar a partir de 2003, quando o grupo lançou o incontornável Fallen (17 milhões de cópias vendidas e ao menos um hit global, Bring Me to Life).
Mas, com o sucesso planetário, começaram as desavenças. Algum tempo depois do segundo disco, Amy Lee, considerada geniosa por ex-parceiros, demitiu por telefone o guitarrista John LeCompt e o baterista Rocky Gray. LeCompt distribuiu comunicado dizendo que não havia “lealdade” na banda e que Amy era uma “inimiga”. Amy Lee falou ao Estado na semana passada sobre o novíssimo disco do grupo e seu retorno ao Rock in Rio (tocam no mesmo dia de Guns N’ Roses e System of a Down).
Você esteve no Rock in Rio Lisboa, mas agora está vindo para o Rock in Rio original. O que está achando?
Fantástico! O rock é tão vivo no Brasil, as pessoas são tão vibrantes! Não decidimos ainda quantas músicas do disco novo nós tocaremos para os fãs brasileiros, mas estou ansiosa para cantá-las aí. É como se fosse um novo começo para a gente. Eu me dei um tempo para refletir, pesquisar. Nesse tempo, fiquei em casa, pintando. Minha casa está forrada de quadros. Ouvi muito aquilo que a gente fazia lá no início e me dei conta de que amo as minhas músicas, que sou extremamente satisfeita com a minha carreira. Manter um alto nível emocional em um trabalho artístico é um dom, e eu reconheço isso em meu próprio trabalho, o que me deixa orgulhosa.
Você disse que o seu primeiro single, a canção What You Want, é sobre liberdade e é endereçada aos fãs. Mas a letra diz: “Alô, alô, lembra de mim? Eu sou aquela que você não pode controlar”
(Risos) É sobre liberdade, sobre o sentimento de superar os medos. A canção tem uma mensagem objetiva: não tenha medo de viver, faça o que for preciso para ser feliz, tome o que você tem de tomar. Todas as minhas músicas estão conectadas com meus sentimentos, esse é o melhor jeito que eu encontrei de me expressar.
Há também uma balada muito estranha no final do seu disco, Swimming Home, muito lenta, quase jazzística. Do que se trata?
Realmente, é uma canção diferente do resto do disco. Tanto que eu não sabia se ia incluí-la no álbum. É uma canção sobre despedida, sobre a necessidade de seguir adiante apesar de uma dor funda na alma. Um sentimento de consertar algo de algum jeito, de fazer as coisas fluírem de novo.
A banda mudou inteiramente, você é a única coisa que permanece. O que garante aos fãs que ela tem as mesmas motivações iniciais?
Minha relação com o Evanescence é baseada num único pressuposto: não ter medo de fazer a música em que acredito. E não ter medo de fazer tudo de novo, sempre.
Você, como o Tony Bennett, pinta quadros em sua casa. Quem é seu galerista?
Não tenho galerista, minha casa é minha galeria. Sempre pintei, mas dessa vez eu quis dar um tempo para me aprofundar na pintura. O problema é que eu compus mais músicas do que pensava que faria, e também toquei muito com amigos. Foi como retornar ao estilo garage band, fazendo coisas domésticas, sem compromisso. Foi um período muito rico, tive liberdade para experimentar, e não fiz nada que estivesse obrigada a fazer.
Ouvi dizer que, quando você estava começando, na adolescência, a banda que mais admirava era o Pearl Jam. É verdade?
Sim, é verdade. Especialmente o disco Ten, especialmente a canção Jeremy. Eu tinha 13 anos, tinha acabado de me mudar de Illinois para o Arkansas, não tinha amigos, a escola era nova, a cidade era estranha, tudo me parecia hostil. Eu me refugiei nesse disco, que foi muito influente para mim. Falava de coisas que batiam com as que eu sentia, e que sentia calada, não podia gritar ao mundo. Até hoje eu adoro.
Recentemente, o rock perdeu Amy Winehouse, uma das cantoras mais destacadas da sua geração. Como viu a notícia da morte.
Eu fui uma grande fã de Amy, tinha uma voz incrível. Uma vez, voamos juntas do México para Nova York. Fiquei chocada e triste quando ouvi a notícia, era muito jovem e talentosa. Gostaria que não tivesse acontecido, como todos os fãs dela. Foi uma passagem breve, mas deixou marcas profundas no tempo dela.
FONTE
Depois de cinco anos recolhida em sua casa, pintando telas figurativas, a diva do goth-rock Amy Lee retorna no dia 2 aos palcos no Rock in Rio com um novo disco de sua multiplatinada banda, Evanescence, o primeiro desde The Open Door, de 2006. Com novos companheiros do palco (o guitarrista Terry Balsamo, o baixista Tim McCord e o baterista Will Hunt), e turbinada por um single que os fãs já parecem ter aprovado (What You Want), o grupo que já vendeu mais de 20 milhões de cópias tenta retomar o fio da meada.
Evanescence (EMI Music), a coleção de 12 canções novas do Evanescence, chega às lojas no dia 10 e traz realmente aquela combinação de hard rock com letras melodramáticas que milhares de fãs pelo mundo aprenderam a cantar a partir de 2003, quando o grupo lançou o incontornável Fallen (17 milhões de cópias vendidas e ao menos um hit global, Bring Me to Life).
Mas, com o sucesso planetário, começaram as desavenças. Algum tempo depois do segundo disco, Amy Lee, considerada geniosa por ex-parceiros, demitiu por telefone o guitarrista John LeCompt e o baterista Rocky Gray. LeCompt distribuiu comunicado dizendo que não havia “lealdade” na banda e que Amy era uma “inimiga”. Amy Lee falou ao Estado na semana passada sobre o novíssimo disco do grupo e seu retorno ao Rock in Rio (tocam no mesmo dia de Guns N’ Roses e System of a Down).
Você esteve no Rock in Rio Lisboa, mas agora está vindo para o Rock in Rio original. O que está achando?
Fantástico! O rock é tão vivo no Brasil, as pessoas são tão vibrantes! Não decidimos ainda quantas músicas do disco novo nós tocaremos para os fãs brasileiros, mas estou ansiosa para cantá-las aí. É como se fosse um novo começo para a gente. Eu me dei um tempo para refletir, pesquisar. Nesse tempo, fiquei em casa, pintando. Minha casa está forrada de quadros. Ouvi muito aquilo que a gente fazia lá no início e me dei conta de que amo as minhas músicas, que sou extremamente satisfeita com a minha carreira. Manter um alto nível emocional em um trabalho artístico é um dom, e eu reconheço isso em meu próprio trabalho, o que me deixa orgulhosa.
Você disse que o seu primeiro single, a canção What You Want, é sobre liberdade e é endereçada aos fãs. Mas a letra diz: “Alô, alô, lembra de mim? Eu sou aquela que você não pode controlar”
(Risos) É sobre liberdade, sobre o sentimento de superar os medos. A canção tem uma mensagem objetiva: não tenha medo de viver, faça o que for preciso para ser feliz, tome o que você tem de tomar. Todas as minhas músicas estão conectadas com meus sentimentos, esse é o melhor jeito que eu encontrei de me expressar.
Há também uma balada muito estranha no final do seu disco, Swimming Home, muito lenta, quase jazzística. Do que se trata?
Realmente, é uma canção diferente do resto do disco. Tanto que eu não sabia se ia incluí-la no álbum. É uma canção sobre despedida, sobre a necessidade de seguir adiante apesar de uma dor funda na alma. Um sentimento de consertar algo de algum jeito, de fazer as coisas fluírem de novo.
A banda mudou inteiramente, você é a única coisa que permanece. O que garante aos fãs que ela tem as mesmas motivações iniciais?
Minha relação com o Evanescence é baseada num único pressuposto: não ter medo de fazer a música em que acredito. E não ter medo de fazer tudo de novo, sempre.
Você, como o Tony Bennett, pinta quadros em sua casa. Quem é seu galerista?
Não tenho galerista, minha casa é minha galeria. Sempre pintei, mas dessa vez eu quis dar um tempo para me aprofundar na pintura. O problema é que eu compus mais músicas do que pensava que faria, e também toquei muito com amigos. Foi como retornar ao estilo garage band, fazendo coisas domésticas, sem compromisso. Foi um período muito rico, tive liberdade para experimentar, e não fiz nada que estivesse obrigada a fazer.
Ouvi dizer que, quando você estava começando, na adolescência, a banda que mais admirava era o Pearl Jam. É verdade?
Sim, é verdade. Especialmente o disco Ten, especialmente a canção Jeremy. Eu tinha 13 anos, tinha acabado de me mudar de Illinois para o Arkansas, não tinha amigos, a escola era nova, a cidade era estranha, tudo me parecia hostil. Eu me refugiei nesse disco, que foi muito influente para mim. Falava de coisas que batiam com as que eu sentia, e que sentia calada, não podia gritar ao mundo. Até hoje eu adoro.
Recentemente, o rock perdeu Amy Winehouse, uma das cantoras mais destacadas da sua geração. Como viu a notícia da morte.
Eu fui uma grande fã de Amy, tinha uma voz incrível. Uma vez, voamos juntas do México para Nova York. Fiquei chocada e triste quando ouvi a notícia, era muito jovem e talentosa. Gostaria que não tivesse acontecido, como todos os fãs dela. Foi uma passagem breve, mas deixou marcas profundas no tempo dela.
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